quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Em carne viva

Muito se fala da incrível força de uma mãe, da leoa protetora de suas crias, seu poder, sua fortaleza, sua segurança. O que não se ensina é que parte dessa força vem da necessidade de superar uma nova vulnerabilidade; a fragilidade de ser mãe.
Quando nasce um filho, uma mãe se vira do avesso ao ponto de expor seu coração e andar por aí em carne viva. Existe um medo silencioso no beijo de toda mãe. É difícil assistir um filho vivendo sozinho, no princípio custa acreditar que respirem sozinhos.
Uma mãe não olha, vigia. Não torce, reza em silencio para toda ou qualquer possível divindade.
Há um medo infinito nos olhos de uma mãe.
Ser mãe é conhecer a fragilidade da vida em seu aumentativo, superlativo, em letras maiúsculas. É saber que o acaso acontece, que o destino é incerto, que a vida é fatal.
Sim, é andar pelo mundo em carne viva. Ver com lentes de aumento sua crueldade, ser sensitiva, intuitiva, ser bicho em estado de alerta.
É ver, desde a platéia, sua criança crescendo, dançando, jogando, competindo. E se cair? E se perder?
É a vacina, a injeção, a escolinha, a matemática, a dor de amor, a rejeição, o vestibular, o fracasso...
Vai doer? Vai sofrer? Vai voltar pra casa?
É prender o fôlego e mergulhar na piscina da vida, sabe-se lá quando será possível respirar com tranquilidade novamente.
É doar-se. Nao falo do tempo, dos cuidados, das madrugadas, do dinheiro, isso é fácil! É doar a vida, a sorte, o coração, o pensamento.
É paralisar-se em uma prece e observar. Respirar fundo e ir soprando vida. É ir guiando pequenos ou grandes passinhos. Ficar olhando, olhando...enquanto esses passinhos vão se distanciando, caminhando, caminhando até dobrarem a esquina.

                                                                         ***

Obs: Sei que lá do outro lado do oceano, minha leoa, bicho em estado de alerta, com o coraçãozinho em prece me observa...então aproveito pra dizer: Mãe, te amo! (e está tudo bem, rs!)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Clássicos do enxoval - o que vale a pena e o que não.

A verdade é que quando engravidamos passamos a fazer parte de um mundo um tantinho mais consumista. É mais fácil resistir a um belo pote de sorvete que a um lindo par de sapatinhos tao pequenininhos. É ou não é?
Tudo fica tentador, nos convencemos de que tudo o que vemos é extremamente necessário. Claro, estamos embarcando na maior aventura de nossas vidas! E as marinheiras de primeira viagem tem a desvantagem de ir rumo ao desconhecido.
Todas as compras são justificáveis e a verdade é que esse mundo "gestante, bebê e mamãe"  propõe uma infinidade de itens desejáveis. É um mercado sempre em expansão  com consumidoras ansiosas, inseguras, entusiasmadas e muito frágeis. É golpe baixo, quando esperamos um filho somos presas fáceis. Afinal, "meu bebê merece", não é mesmo?
Pois bem, eu sei que a gente acaba comprando de tudo (vai que precisa, né?) e fiz uma listinha de coisas que eu e Giu usamos de montão e coisas que não fazem tanta falta.

Roupas

Camisinhas pagão  Eu não via a praticidade, mas Giu nasceu em um calor de 39 graus e o que ela mais usava era camisa pagão sem manga e a fraldinha. Muitas vezes só a fraldinha mesmo. São levinhas, delicadas e nos ajudaram no quadro de brotoeja (tadinha)...

Roupas lindinhas de RN: Se fizer calor, seu bebê vai passar a maior parte do tempo só com a fralda e você vai perder todas aquelas roupinhas tão lindinhas. Invista em roupas P ou M para quando já forem mais grandinhos.

Bodies básicos RN: Giu usou muito, muito mesmo. Temos uma coleção de bodies básicos de manga comprida e sem perninhas. Quando o clima começou a mudar por aqui, fomos substituindo a camisa pagão pelo bodie basicão. Hoje em dia o colocamos por baixo da roupinha bonitinha.

Meias: Usamos bastante desde o princípio. Mesmo no verão usávamos. Nas noites mais frequinhas Giu dormia com a camisinha, fralda e meia. (lindinha....)

Sapatinhos: Pois bem, a gaveta cheia de sapatinhos maravilhosos está lá fechada. Super difícil colocar e manter um sapatinho em um bebê muito pequeno. Giu começa a usar sapatinhos agora, com 6 meses. Invista em pantufinhas, sapatinhos de pano ou meias sapatinhos. Há no mercado meias muito fofinhas com estampa que imita diversos tipos de calçado.

Fraldas

De pano: Mesmo optando por fralda descartável, as fraldas de pano são muuuuito úteis. Uso para secar dobrinhas, secar o bumbum quando o lavamos após a caquinha, protetor extra para os ombros, cortina improvisada para o carrinho, lençol, apoio em uma ocasional troca de fraldas....enfim, sempre há um bom uso para elas.

Descartáveis: Sou contra fazer estoque de fraldas. Compre o necessário. Os bebês crescem rápido e as fraldas mais pequenas vão sobrando...

Complementos

Paninhos, fraldas de boca: Sim, muitos!!! Pode investir.

Babadores: Ok, pode comprar uns 3 bonitinhos, os demais devem ser básicos e grandes (enormes). Giulia usa uma espécie de colete avental. Quando começam com a papinha e ainda não sabem comer muito bem fazem uma sujeira incrível. A meleca vai do dedão do pé até os cílios.

Luvinhas: Mesmo no calor Giulia usou luvas. Existem luvinhas bem fininhas de algodão  são fresquinhas e protegem...o rosto. Muitos médicos não aconselham cortar as unhas antes do primeiro mês, nesse caso e se o bebê se arranha muito, tá valendo!

Gorro: Giu usou no hospital e usa muito hoje em dia. (estamos no inverno).

Bolsa maternidade: A bolsa que será destinada aos passeios pode muito bem ser levada ao hospital. Eu usei uma maletinha linda de viagem. Comprei porque já tenho outros usos planejados para ela, não tem nada de maternidade nem bebê, mas é linda e continuará sendo útil. Desnecessário comprar uma malinha só para o hospital.

Mini berço: A vovó avisou, eu não escutei. Giulia adora dormir no moisés do carrinho. E nós também adoramos a praticidade. Carrinho ao lado da cama e boa noite! Mini berço descartado.

Higiene

Banheira: Giulia tem uma linda, mas no momento prefere uma bacia pequenininha.

Toalhas: Umas 4. Haverá acidentes com xixi, pode apostar.

Termômetro de banheira: Acho válido. Até porque Giulia brinca muito com ele durante o banho.

Shampoo: Prefiro um produto único para corpo e cabelo. O banho fica mais prático e delicado...porém, Giulia vai crescendo e pouco a pouco vamos passando para o shampú.

Esta é uma lista viva, para não dizer infinita. Com certeza será atualizada sempre e serve apenas como conselho de amiga, já que cada bebê é único (cada mamãe também)...

Ah, quanto a brinquedos...Giu tem seus favoritos: controle remoto e óculos do papai...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Coisinhas que não são essenciais mas que são uma mão na roda.

Segue aqui uma pequena listinha de coisas que, ao meu ver, são sim muito úteis para mamães e papais.

Extrator de leite



De todos os itens dessa lista o extrator de leite é o mais importante. Acredito até que seja essencial.
Me ajudou muito quando Giulia não conseguia mamar e eu precisava esvaziar o seio para evitar complicações. Quando o leite empedrou e meus seios ficaram congestionados, o uso do extrator em parceria com compressas quentinhas foi fundamental para a drenagem da mama até que a situação se normalizasse.
Também foi meu parceiro no tratamento para a cura de uma mastite. E, o mais importante, é fundamental para as mamães que vão voltar ao trabalho e seguirão com o leite materno. Basta extrair, armazenar e congelar.
Os extratores são práticos, fáceis de usar, limpar e seu uso nao dói nadica de nada!

Aquecedor de mamadeira





É o mais polêmico, já entrei em fóruns de discussão na net onde mulheres condenavam seu uso, ou melhor, seu consumo. Em parte com razão, nada mais é do que um banho maria elétrico.
Vou dar minha opinião: Eu adoro meu querido aquecedor de mamadeiras.
Quando se tem em casa um bebê 220w, ansioso e chorão, o aquecedor vale muito a pena. Criança e água fervendo não combinam.
Quando Giulia tinha uma crise repentina de fome, era um desespero só esquentar a mamadeira. Enquanto ela gritava, lá estava o papai ou a mamãe com a panelinha de água quente na cozinha. Tá fria ainda? Esquentou muito? Era uma prova de gincana com os nervos a flor da pele e ao som de um bebê desesperado.
No começo, quando Giu era rebelde, tinha que fazer tudo isso com ela no colo, eu não suportava a idéia de tê-la perto da panelinha com água quente, mas se eu a deixasse no bercinho enquanto preparava a mamadeira, ela chorava tanto que logo vomitava tudo. Normal, engolia muito ar durante a crise.
Pois bem, hoje em dia Giulia já não tem crises assim, mas o aquecedor de mamadeira continua deixando tudo mais tranquilo.
Muito antes da fominha a mamadeira já está lá na cozinha, protegida dentro do aquecedorzinho que a preserva quentinha por uma hora. Quando Giulia quer mamar, é só misturar o leite e pronto!
Sem falar nas madrugadas, Giulia acorda, papai vai pra cozinha e aperta o botão, volta pro quarto e esperamos o bip que nos avisa que a água está na temperatura ideal.
É o típico produto que pensamos mil vezes antes de comprar já que sabemos muito bem substituí-lo e assim gastamos menos. Então fica a dica, é uma ótima sugestão para quem está pensando em presentear uma futura mamãe. Ela agradecerá.

Esterilizadores


Outro produto que não pensava em comprar. Por que gastar com algo que posso fazer eu mesma?
Pois bem, quando tive que começar com o leite artificial mudei de opinião rapidinho. Depois de uma semana com panelas, panelas de água fervendo, escorredores de água, mais panelas, água em ebulição, vapor, mais água...e muita bagunça, decidi comprar um esterilizador.
Com um bebê em casa o dia parece ter menos horas e a gente mil coisas a mais. Quanto mais praticidade, melhor.
Após o seu uso, a mamadeira lavadinha vai para o aparelho, quando ele está cheio apertamos um botãozinho e voila. Em 12 minutinhos ele esteriliza tudo e mantem tudo lipinho e organizado.
O meu é a vapor e suficientemente grande para mamadeiras, chupetas, pratinhos, colheres...

Tapetinho de jogos

O que seria de mim sem ele? Acho o chão o lugar mais seguro para um bebê. No tapetinho Giulia se vira sem problemas, sem perigo. Brinca com seus brinquedinhos, se olha no espelhinho, liga as musiquinhas, chuta os bonequinhos...Enfim, brinca, se exercita e descobre seu mundinho enquanto eu faço algumas outras coisinhas.
Sempre com um olho no peixe e o outro no gato, é claro!

Móbile


Sempre gostei. Acho lindo e lúdico.
No começo Giulia nao dava a menor bola, é claro! Quando começou a descobrir o mundo ao seu redor o móbile virou o seu xodó.
É só colocá-la no berço para ver seu sorriso. Seus bracinhos e perninhas se movem em uma empolgação única, seus olhinhos acompanham atentamente os bonequinhos, as vezes solta gritinhos de alegria.
É um momento de alegria para ela e de babaçao descanso para mim.
Dica, procurem móbiles com músicas de duração larga, 15 minutos, por exemplo. O meu dura apenas 3 minutos, o que me faz ir a cada pouquíssimo tempo dar corda no móbile sob o olhar atento e impaciente da pequena.