sábado, 26 de janeiro de 2013

OI, MEU AMOR, SOU SUA MAMAE. OI MAMAE, PREPARE-SE....EU SOU UM TERREMOTO!




E depois de um parto assim, o melhor é poder deitar com sua bebê em seu peito, segurar sua maozinha, contar-lhe coisas bonitas, sentir seu cheirinho e esperar a hora de voltar pra casa. Voltar e desfrutar dessa paz (oi?), sentar com seu bebê e aproveitar cada segundo (sentar? oi?), conhecê-la melhor e dar-lhe de mamar (mamar? oi???).
Giulia chorou tanto em sua primeira noite no hospital, que uma enfermeira veio buscá-la. Giulia nao pegava bem o peito e eu morria de dor. Giulia foi todo o caminho do hospital até casa chorando, berrando, urrando.
Depois de um parto traumático, nada como um pós-parto feliz traumático. Giulia chorou até os três meses e meio.

Quem nao chora nao mama, e quem chora demais também nao.

Nossa pequena tinha cólicas horríveis, ficava vermelha como um pimentao, se contorcia, se arranhava, puxava seu cabelinho, me beliscava. Se machucava e chorava mais e mais.
Eu tinha leite, mas Giulia nao conseguia mamar. Ficava nervosa, tinha uma crise, se debatia e soltava o peito. Foi assim até a mamae aqui ir parar no hospital com uma bela mastite.
Infelizmente, com quase dois meses apenas, Giu já mamava leite de fórmula. (Agora é esperar pelas criticas).
Pouca gente fala do lado B da amamentaçao. Falam do lado mágico, lindo e confortável de alimentar e ser alimento de nossos filhos. As vezes isso nao é possível.
Nao me venham com "sempre é possível", "tem que ter paciência", "tem que persistir", "deve ter calma", "bla, bla, bla". Só quem acompanhou de perto sabe o tamanho da dedicaçao, esforço, paciência e muito amor que empenhei ao amamentar. Nao deu. É duro, é frustrante, mas nao é o fim do mundo. Bora levantar o peito a cabeça e seguir em frente.
Há um universo paralelo de novas preocupaçoes e muitos detalhes chamado amamentaçao artificial. E nao é nada fácil, muito menos prático. ( E caríssimo).
Peito é a melhor coisa para o bebê e para a mamae, que fique claro!
Giulia também nao curtia a idéia da mamadeira, na verdade a danada nao gosta mesmo é de comer. Vai viver de amor, Giu? Nao pode neném, tem que mamar!
Nao seguimos dosagens, a amamentaçao continua sendo a demanda, como no peito. Acredito que somente nossos pequenos sabem a quantidade que necessitam, Giulia mama ao seu jeitinho, pouca quantidade, várias vezes ao dia (e noite!).
Nao dá pra seguir pautas, aprendi a entendê-a e respeitá-la. Muitas mamadeiras foram desperdiçadas até que Giulia aprendera a comer (coisa recente), antes era um chororô constante. Agora aceita a mamadeira numa boa e mama até sentir-se satisfeita.
Conclusao: Giulia nao mamava bem.

E Morfeo?
Giulia nao dormia, Tinha muitos movimentos involuntários que nao a deixavam repousar. Seu incômodo aparelho digestivo tambem nao a deixava tranquila. Os cochilos durante o dia só existiam por poucos minutos,
Tudo isso gerava uma criança cansada, com sono constante e uma irritaçao permanente.
Era uma árdua luta fazê-la dormir em meu colinho e nao movê-la dali para que o descanso durasse mais,
Depois de meses Giu começou a demonstrar que queria seu cochilo matinal e uma bela siesta pela tarde.
As madrugadas melhoraram um pouco, mas na maioria das noites ela se desperta a cada duas ou três horas para mamar. O difícil é fazê-la entender que depois da mamadeira deve voltar a dormir, Giu quer brincar e começa com seus gritinhos empolgados.
Conclusao: Giulia nao dormia bem.

Tudo o que entra sai. (oi?)
Giu tem prisao de ventre, Até os 3 meses nao sujava a fraldinha, O cocô de Giu só saía quando a levávamos ao paritório trocador e estimulávamos um pouquinho seu esfincter. Também passou por uma fase de supositórios de glicerina e até hoje toma um pouquinho de laxante na mamadeira da noite,
A coisa vem melhorando muito. Giu está crescendo e já começou a fazer a caca sozinha!
Conclusao: Giu nao fazia cocô bem.

E o que ela faz bem, entao???

Carinho no rosto da mamae, sorrisos mágicos, olhares carinhosos, gritinhos de alegria, caretas, gargalhadas deliciosas...
O que ela nao faz bem (ou nao fazia) cabe aqui nesse texto. As coisinhas perfeitas de Giulia sao infinitas e nao caberiam em lugar algum.

Ah! Aquilo que as vovós, as titias, as mamaes mais experientes sempre dizem, como: "tudo passa, tudo chega, com o tempo melhora...", é tudo verdade!!!

Depois de uma fase muuuuuuito difícil, minha filha segue com suas Giulices, mas começa a ser muito, mas muito mais serena. A mamae agradece....e MUITO. UFA!!!

4 comentários:

  1. Fabiana Goulart Mazzei27 de janeiro de 2013 às 06:59

    Amiga, várias teorías e bandeiras que levantávamos antes de sermos mães caem por terra, assim que percebemos que na prática é muito mais complexo...Nao que seja ruim...mas complexo...
    Mas uma coisa temos que concordar, é uma amor incondicional, maior do mundo, e por mais que pareça impossível, cresce a cada minuto... e é muitooo, muitooo bom!!!
    Saudade mil beijos nas 2

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    1. Muito complexo, difícil, cansativo...mas aí vc escuta um gritinho te chamando e quando vc olha há um sorrisao banguela todo aberto pra vc!!!! Nao ha nada melhor Bia...que vontade de juntar Vitor e Giulia e ficar só observando a bagunça...2013 é todo nosso...vou dar um jeito de realizar esse encontro! ;)

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  2. Maria Esmeralda Lequerica Amei desde o começo teu relato sobre a espera, a chegada e a transformação de tua vida a partir do momento em que Giulia se materializou dentro de voce. Qualquer pessoa que leia teu Blog ficará emocionada com toda essa tragetória que sei continuará a me encantar. Te amo filha!!!!
    Hace 11 horas · Me gusta

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